Sunday, January 29, 2012

FAKE!

Não há como negar que a Playboy recorre aos artifícios e soluções que o Photoshop pode trazer para melhorar os ensaios esteticamente. As fotos sempre são manipuladas pelo famoso editor da Adobe, com a finalidade de melhorar tons e realçar luzes, e como vem acontecendo ultimamente um realce extremamente forte das sombras com a intenção de esconder a nudez das modelos. Além disse é um companheiro infalível para esculpir as formas e imperfeições que o corpo pode apresentar, o que muitas vezes, pode deixar o resultado grotesco e irreconhecível aos olhos do leitor. Quem nunca viu uma foto da Playboy e disse: “ Nem parece que é fulana...”. Confesso que sou a favor do uso do Photoshop, mas quando usado de forma sutil e consciente. Uma manipulação que não afete intensamente o resultado final das fotos, talvez para tirar uma pequena mancha, ou arredondar o bumbum em um ângulo desfavorável e até mesmo para contrastes de brilho, luz e cor.
Além de tudo que foi dito acima, a Playboy vira e mexe inventa de colocar acessórios que não existiam na modelo no momento das fotos, principalmente nas fotos de capa. Três exemplos bastante descarados de manipulação nas fotos de capas são: Íris Stefanelli em 2007, Dany Giehl e Desirée Oliveira, ambas no ano passado.
A capa da nossa rainha da edição de aniversário em 2007, Íris Stefanelli, que foi um dos grandes nomes do BBB7, é praticamente toda manipulada, infelizmente. Além do corpo de Íris ter sido totalmente alinhado, o bumbum ter ganhado um tamanho que na realidade não existe e a pele estar totalmente esfumaçada, o que mais surpreende é a micro calcinha FAKE que resolveram criar. A pessoa que trabalha na edição de imagens, além de ter que fazer todo o trabalho de manipulação, tem que dar uma de estilista agora? A calcinha fio dental que resolveram incluir no corpo da estrela é totalmente desnecessária e tem aparência e formas um tanto quanto surreais. Até hoje me pergunto: pra quê resolveram criar essa calcinha photoshopada na foto de capa? A foto sem o acessório ficaria muito mais sensual e menos irreal.

Dany Giehl, nossa capa de fevereiro do ano passado, apresentou-se em duas opções de capa praticamente idênticas. A pose das duas capas é a mesma, o que diferencia uma de outra além do sorriso da modelo, são os acessórios usados. Para a foto da capa principal ousaram em colocar uma blusa falsa, toda desenhada pelo editor de imagens. Na opção de capa alternativa, como normalmente é mais recatada, tiveram a “genial” ideia de acrescentar um short no corpo da modelo. Pra quê fazer isso Playboy? O trabalho fica com aspecto de amadorismo. Na foto da primeira capa seria muito melhor se tivessem vestido a modelo com uma blusa de verdade e na segunda capa, um short jeans se sairia muito bem.

A Mulata Difícil – Desirée Oliveira estampou nossa capa de outubro passado. A foto de capa é muito boa, diferente e comercial, mas o acréscimo da calcinha fake foi desnecessário. Como no caso da capa de Íris Stefanelli, a foto com ou sem calcinha não teria muita diferença. Talvez a ideia foi usada com o intuito de não criar uma outra opção de capa mais recatada, fazendo assim, o uso de só uma capa em todos os pontos de venda. Mas a calcinha falsa não agradou, assim como as vestimentas editadas nas outras capas citadas.

Espero que a Playboy revise esses pequenos detalhes que com certeza fazem total diferença. E que o uso do photoshop seja o menor possível, apenas para reparar pequenos “problemas” estéticos e não para reconstruir o corpo de uma mulher, e muitos menos criar objetos e acessórios descarados e desnecessários.


Por Márlon Libarde.

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